
Como você está lendo este post agora? Pode estar no computador, no celular, talvez em um tablet, mas, independentemente do dispositivo que você estiver usando, sabemos que ele está conectado à Internet.
A Internet é algo incrível, pois ela nos trouxe benefícios que antes, sem ela, não eram possíveis. Se você tem idade suficiente, pense no seu celular antes de ser um smartphone. Antes você só podia fazer ligações e enviar mensagens de texto, mas agora pode ler livros, assistir a um filme ou ouvir música.. E dizemos isso apenas para citar algumas das coisas incríveis que seu smartphone pode fazer.
O ponto é que conectar as coisas à Internet gera benefícios surpreendentes. Todos vimos esses benefícios em nossos smartphones, computadores e tablets, mas isso também é válido para todo o resto. Sim, todo o resto.
A Internet das Coisas é um conceito bastante simples, ela consiste em pegar todas as coisas do mundo e conectá-las à Internet. Ainda com essa explicação rápida e direta, pode ser difícil definir o conceito em sua cabeça quando há muitos exemplos e possibilidades na IoT (sigla para Internet of Things, ou seja Internet das Coisas em inglês).
Para ajudar a esclarecer esse conceito, é importante entender os benefícios de conectar coisas à Internet.
Por que a IoT é importante
Quando um objeto está conectado à Internet, isso significa que ele pode enviar ou receber informações, ou ambas. Essa capacidade de enviar e/ou receber informações torna as coisas inteligentes. E inteligência é algo ótimo!
Vamos usar os smartphones novamente como exemplo. Hoje, você pode usá-lo para ouvir praticamente qualquer música do mundo, mas não é porque seu smartphone realmente tenha todas as músicas do mundo armazenadas nele. É porque todas as músicas do mundo estão armazenadas em outro lugar, mas seu smartphone pode enviar informações (solicitando essa música) e depois receber informações (transmitindo essa música no seu smartphone ).
Para ser inteligente, uma coisa não precisa ter um super armazenamento ou um super computador dentro dele. Tudo o que você precisa fazer é conectar-se ao super armazenamento ou a um super computador.
Na Internet das Coisas, todas as coisas que estão sendo conectadas à Internet podem ser colocadas em três categorias:
- Coisas que coletam informações e as enviam;
- Coisas que recebem informações e depois tomam alguma ação sobre elas;
- Coisas que fazem as duas coisas.
E todos essas três categorias têm enormes benefícios que se alimentam um do outro.
Coletando e enviando informações
Agora, vamos falar sobre sensores. Sensores podem ser de temperatura, de movimento, umidade, sensores de qualidade do ar, sensores de luz, etc. Na Área 21, os jovens passam a entender como funcionam os sensores e como aplicá-los aos seus projetos usando a lógica no contexto da Internet das Coisas.
Esses sensores, juntamente com uma conexão, permitem coletar automaticamente informações do ambiente, o que, por sua vez, nos permite tomar decisões mais inteligentes.
Em uma fazenda, por exemplo, a capacidade de obter automaticamente informações sobre a umidade do solo pode informar exatamente aos agricultores quando suas colheitas precisam ser regadas. Em vez de regar demais (o que pode ser um uso excessivo caro de sistemas de irrigação e um desperdício ambiental) ou regar muito pouco (o que pode resultar na perda de colheitas), o agricultor pode garantir que as colheitas obtenham exatamente a quantidade certa de água.
Assim como nossa visão, audição, olfato, tato e paladar permitem que nós, humanos, entendamos o mundo, os sensores permitem que as máquinas entendam o mundo.
Recebendo e agindo sobre informações
Estamos todos familiarizados com as máquinas que obtêm informações e tomam ações com base nelas. Sua impressora recebe um documento e o imprime. Um carro recebe um sinal do alarme e as portas se abrem. Os exemplos são infinitos.
Seja algo simples, como enviar o comando “ativar”, ou algo tão complexo quanto enviar um modelo 3D para uma impressora 3D, sabemos que podemos dizer às máquinas o que fazer de longe. E daí?
O verdadeiro poder da Internet das Coisas surge quando é possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Coisas que coletam informações e as enviam, mas também recebem informações e agem sobre elas.
Fazendo os dois
Vamos voltar rapidamente ao exemplo da fazenda. Os sensores podem coletar informações sobre a umidade do solo para informar ao agricultor o quanto regar as lavouras, mas você realmente não precisa que o agricultor vá até a plantação para fazer isso. Em vez disso, o sistema de irrigação pode ligar automaticamente conforme necessário, com base na quantidade de umidade existente no solo.
E, dando um passo adiante nessa possibilidade, se o sistema de irrigação receber informações sobre o clima da sua conexão à Internet, ele também poderá saber quando vai chover e decidir não regar as lavouras em um determinado dia, porque elas serão regadas pela chuva naquele dia.
Toda essa informação sobre a umidade do solo, quanto o sistema de irrigação está regando as colheitas e quão bem as colheitas realmente crescem podem ser coletadas e enviadas a computadores, que executam algoritmos que podem dar sentido a todas essas informações.
E esse é apenas um tipo de sensor. Adicione outros sensores, como luz, qualidade do ar e temperatura, e esses algoritmos podem aprender muito mais. Com dezenas, centenas e milhares de fazendas coletando todas essas informações, esses algoritmos podem criar insights incríveis sobre absolutamente tudo.
Nesse texto, demos o exemplo da agricultura, mas é possível aplicar a Internet das Coisas a tudo, e isso é algo que já faz parte da nossa realidade. Vemos por aí relógios inteligentes, casas inteligentes, carros conectados, cuidados de saúde, transporte público, etc. O mundo é cheio de possibilidades e a Internet das Coisas pode estar muito mais presente em sua rotina do que você imagina.
Confira abaixo alguns exemplos de projetos desenvolvidos com IoT:
Maptic
Para deficientes visuais, é importante manter a independência na vida cotidiana, mas a navegação pode ser um processo trabalhoso e inseguro, especialmente em novos ambientes ou à noite. O Maptic foi desenvolvido para resolver esse problema. Ele é composto por um conjunto de dispositivos, que inclui um sensor visual que pode ser usado como um colar; e uma série de pontos de aviso, que podem ser usados na roupa ou no pulso. Os sensores se conectam a um aplicativo para celular controlado por voz, assim é possível utilizar o GPS que irá direcionar o usuário através de vibrações.

Agrosmart
O exemplo aplicado à agricultura que demos nesse texto existe na vida real, e é um projeto desenvolvido por brasileiros. O Agrosmart é um sistema de monitoramento com sensores que, ao serem instalados no cultivo, permitem que o agricultor acompanhe tudo de forma remota: condições do solo, do vento, temperatura e umidade, e ainda conta com imagens feitas por satélite. Essa solução faz com que as plantações tenham um sistema de irrigação mais inteligente e, como resultado, é possível uma economia de água de até 60%, e uma economia de energia de até 30%.

Octopus
Este é o um relógio que pode ser usado para ensinar bons hábitos e também o conceito de tempo a crianças. Usando cores e ícones – uma linguagem fácil de ser entendida – o Octopus pode ser usado como uma agenda, contribuindo no desenvolvimento de habilidades como responsabilidade e autonomia. Enquanto a criança veste seu relógio, os pais podem controlar e consultar tudo por meio de um aplicativo. Este assistente os ajuda a priorizar suas expectativas e a se manter em rotinas diárias consistentes, dando dicas e permitindo armazenar notas.
