
As Competências do Século XXI consistem em um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que preparam os jovens não apenas para a vida acadêmica e profissional, mas também para sua vida pessoal e em comunidade.
Podemos agrupar essas competências em 3 grandes grupos: Cognição, Interpessoal e Intrapessoal. Cognição reúne estratégias de aprendizado, como: criatividade, memória, pensamento crítico, entre outros. Enquanto isso, Interpessoal consiste em habilidades referentes a expressar ideias, interpretar e responder aos estímulos de outras pessoas. Por fim, temos o grupo Intrapessoal, que podemos denominar por inteligência emocional, e está conectado com nossa capacidade de lidar com as emoções e sentimentos.
No Brasil as Competências do Século XXI fazem parte da nova Base Nacional Comum Curricular. A Área 21, por sua vez, complementa a jornada de educação formal dos jovens, na medida que é um espaço que funciona no contraturno e desenvolve as competências dos jovens em uma jornada baseada em desenvolvimento de projetos. O trabalho com uma impressora 3D, por exemplo, é um momento de desenvolvimento das Competências do Século XXI.
Essa é uma tecnologia que promove a criatividade, já que os jovens precisam desenvolver o projeto do que será impresso e um ambiente colaborativo pode fazer com que as ideias e a criatividade fluam à medida que os jovens trocam informações – o que também faz com que as habilidades de comunicação e colaboração sejam trabalhadas. O pensamento crítico também é uma competência relacionada ao uso da impressão 3D, já que essa é uma habilidade necessária no momento de aprender sobre os diferentes filamentos, entender como os projetos digitais se transformarão em objetos físicos e resolver problemas quando algo da errado.
Em cada laboratório Área 21, temos três impressoras 3D. Nelas, os jovens criam protótipos para solucionar diferentes desafios da jornada. Inicialmente, os jovens desenham suas ideias no papel ou em massa de modelar (para desenvolver a noção de volume). Depois, os modelos são criados no TinkerCad (um software livre de modelagem 3D, usado inteiramente dentro de um navegador de internet). Em seguida, é realizado o processo de “fatiamento”, que vai transformar o modelo digital nas camadas que a impressora 3D irá produzir.
A Cadeira Off Road, o United Game e a Seed Doll são exemplos alguns dos projetos desenvolvidos pelos jovens na Área 21 que usam impressão 3D em algum momento do processo.
Mas quando nos perguntamos como a impressão 3D realmente funciona, a verdade é que não há uma resposta simples e única para essa questão. A impressão 3D é uma ferramenta que reúne várias tecnologias diferentes. Enquanto algumas impressoras trabalham com filamentos, outras usam pó e outras ainda trabalham com líquido.
Existem impressoras que produzem peças de jóias em ouro, bicicletas e até pontes de concreto.
As tecnologias de impressão 3D são várias e todas elas funcionam de maneira muito diferente. O que todas as tecnologias têm em comum é que elas são aditivas; ou seja: elas constroem um objeto camada por camada.
Hoje, você vai saber como cada um delas funciona e o que as torna tão únicas.
Sinterização Seletiva a Laser
Esta tecnologia de impressão 3D espalha uma camada de pó fino. Então, um raio laser aquece as áreas que precisam ser sinterizadas juntas. Após isso, as partes atingidas pelo laser agora são fundidas enquanto o restante continua em forma de pó solto. Uma nova camada de pó fino é espalhada e a próxima fatia da sua peça é reforçada e unida à primeira anterior. No final, a peça é retirada da caixa de pó solto e em seguida seu acabamento é feito à mão.
Modelagem por Deposição Fundida
Essas impressoras usam longos filamentos de plástico para construir os projetos. Um bico se move para adicionar, nos locais definidos no projeto, uma camada do material aquecido. Quando uma camada é desenhada, o bico é levantado a uma altura correspondente a sua espessura, para que a impressora possa começar a próxima camada. Esse processo se repete até que todas as camadas tenham sido formadas. Quando a impressão é concluída, o objeto é reservado para esfriar e endurecer.
Estereolitografia
O processo de estereolitografia ocorre em um grande tanque e começa com uma camada de polímero líquido espalhada sobre uma plataforma. Como esse polímero é sensível aos raios ultravioleta, um laser ultravioleta endurece a área que se tornará uma camada da sua impressão 3D. O restante da camada permanece líquido. Após isso, a plataforma é abaixada e a próxima camada é desenhada diretamente em cima da anterior. Quando o objeto está completo, ele é levado para fora do tanque através da plataforma de suporte, enquanto vai se separando do líquido em excesso.
Sinterização Direta de Metal a Laser
Uma camada super fina de pó de alumínio ou titânio é espalhada por um rolo. Então, a câmara de impressão da impressora 3D é aquecida, mas o pó ainda não derrete, pois não atingiu seu ponto de fusão. Um laser toca as áreas da camada que fazem parte do projeto, aumentando a temperatura dessas áreas logo acima do ponto de fusão.
HP Multi Jet Fusion
Essa é uma tecnologia à base de pó que não usa lasers. No início do projeto, uma pequena camada de pó é aplicada plataforma; em seguida, uma matriz térmica de tinta é usada para introduzir um agente químico que funde o material. O processo é repetido camada após camada, até a finalização do projeto.
As possibilidades que a impressão 3D proporciona para todos os inventores mundo afora são muitas, elas vão desde simples objetos até obras de arte, chocolates, peças de carros, casas e órgãos humanos. Independente do desafio proposto, o importante é deixar a criatividade fluir, desenvolver seu projeto e colocar essas impressoras para funcionar!
